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Neurocirurgia Das Trepanações Pré-Históricas às técnicas Minimamente Invasivas

HISTÓRIA DA NEUROCIRURGIA: DAS TREPANAÇÕES PRÉ-HISTÓRICAS À NEUROCIRURGIA MINIMAMENTE INVASIVA

History Of Neurosurgery: From The Pre-Historical Trepanations To Minimally Invasive Neurosurgery

Desde a Pré-história, o homem cultiva a importância da cabeça para a manutenção da vida e para a execução de atividades diárias, desde motoras e sensitivas até místicas. Essas teorias acerca da função das estruturas intracranianas serviram como ponto de partida para a elaboração de estratégias terapêuticas com relativo sucesso, variando de trepanações primitivas à neurocirurgia minimamente invasiva. Este trabalho tem como objetivo relatar o progresso da Neurocirurgia como ciência e o estudo de métodos diagnósticos e tratamentos antigos para a compreensão da perspectiva e as tendências do presente. Métodos: Consiste em uma revisão de literatura, narrando os progressos da Neurocirurgia como ciência, enfatizando as figuras históricas e as novas abordagens terapêuticas. Conclusão: O progresso no conhecimento acerca da neuroanatomia e da neurofisiologia foi essencial para a elaboração de abordagens terapêuticas e as figuras de destaque nesse processo histórico são importantes para a compreensão das condutas atualmente preconizadas e o surgimento de curiosidades e novas teorias para o futuro da neurocirurgia e suas subespecialidades.

 

 

INTRODUÇÃO

Desde a Pré-história o homem cultiva a importância da cabeça para a manutenção da vida e para a execução de atividades diárias, desde motoras e sensitivas até místicas.4, 13 Essas teorias acerca da função das estruturas intracranianas serviram como ponto de partida para a elaboração de estratégias terapêuticas com relativo sucesso. Os gregos e os romanos se destacaram pelo aprimoramento do uso do trépano e do estudo da neuroanatomia, e pela elaboração de teorias sobre suas possíveis funções. Os séculos 17 e 18 foram marcados pelo registro minucioso de estruturas neuroanatômicas, e o século 19 inaugurou o estudo da neurofisiologia e da anatomia cirúrgica. Por fim, o século 20 foi importante marco na neurocirurgia pelo surgimento de novas técnicas operatórias minimamente invasivas. Este trabalho tem como objetivo relatar o progresso da Neurocirurgia como ciência, enfatizando figuras históricas. Além disso, almeja-se destacar a importância da Neurocirurgia como especialidade médica e do estudo de métodos diagnósticos e tratamentos antigos para a compreensão da perspectiva e das tendências do presente.

MÉTODOS

Consiste em uma revisão de literatura, narrando os progressos da Neurocirurgia como ciência, enfatizando as figuras históricas e as novas abordagens terapêuticas.

HISTÓRIA DA NEUROCIRURGIA

A relação do conteúdo presente no interior do crânio com as funções vitais do ser humano cultivou nos povos mais antigos a tentativa de abordagem terapêutica por meio da execução de perfurações cranianas que variam desde trepanações a craniotomias, principalmente nos casos de fratura de crânio com afundamento.4 A presença de consolidação óssea do crânio sugere que tais procedimentos foram realizados com relativo sucesso.

O registro mais antigo de trepanação tem sua origem no período Neolítico, há aproximadamente dez mil anos no continente europeu. Entretanto, as civilizações que mais executaram perfurações cranianasprimitivasforamasandinaspré-colombianas, que datam de dois a três mil anos, e nos registros das civilizações da região de Cuzco, no Peru, estima-se um índice de sobrevivência de 60 a 80% das pessoas submetidas a esses procedimentos.

Os egípcios reconheciam a gravidade de uma lesão na cabeça e enfatizaram a importância de alinhar uma fratura com afundamento de crânio.3 Não há registros sobre o tratamento de traumatismos cranianos nem múmias com indícios de que foram submetidas à trepanação, porém há relatos de 48 casos de lesões cranioencefálicas e raquimedulares de origem traumática no papiro de Edwin Smith.

Harvey William Cushing,

Na Grécia, a dissecação humana não era aceita, o que dificultou o avanço da neuroanatomia e da neurocirurgia. Entretanto, um dos primeiros registros de hemorragia subaracnoidea está nos aforismos de Hipócrates: “Quando pessoas de boa saúde de repente tomadas de dores na cabeça, logo são estabelecidas sem palavras e a respiração com estertores, morrem em sete dias a menos que a febre acenda”. Ele reconhecia a importância do cérebro e sugeria que este seria a sede de episódios de convulsão.

Em relação à Neurocirurgia, Hipócrates descreveu o uso do trépano e o indicava somente em casos de contusões cerebrais que necessitavam de abordagem imediata com precauções a fim de evitar superaquecimento e lesão da dura-máter subjacente. Todavia, ele não deveria ser utilizado em casos de fratura com afundamento do crânio com o argumento de que o quadro seria muito grave para uma possível intervenção.

Entretanto, o desenvolvimento intelectual acerca dessa especialidade só teve início na Grécia, na escola de Alexandria em 300 a.C. Eles iniciaram esse desenvolvimento com dissecação e ensinamento sobre a neuroanatomia com destaque de alguns

Neuroanatomistas, como Herophilus e Erasistratus. Herophilus estudou o cérebro, o cerebelo e os ventrículos, identificou nervos sensitivos e motores e descreveu a tórcula que une os seios venosos sagital, reto e transversos, que atualmente carregam o seu nome, e Erasistratus preocupou-se com a dissecação e comparação do cérebro entre diversas espécies.

A neurocirurgia não estava restrita a um determinado grupo de cirurgiões especialistas. A incidência de lesões na região da cabeça era muito elevada por conta da ocorrência de guerras, o que ofereceu uma oportunidade de avanço no desenvolvimento de técnicas neurocirúrgicas, apesar da ausência de técnicas de antissepsia e anestesia.

Herophilus dissecou o sistema nervoso e identificou todas as fibras nervosas da medula espinhal e dividiu-as em fibras motoras e sensitivas. Além disso, ele foi o primeiro a descrever o sistema ventricular, a drenagem venosa do cérebro e o plexo coroide, que recebeu esse nome pela semelhança com a membrana fetal. Além disso, ele foi pioneiro na descrição do quarto ventrículo e seu arranjo peculiar na base, que ele nomeou de calamus scriptorius.

Durante o período romano, Celsus descreveu um caso de hematoma epidural secundário a uma ruptura da artéria meníngea média e recomendava que o cirurgião realizasse suas operações em sintonia com a dor, sendo a trepanação realizada onde a dor era mais intensa, um conceito importante considerando a inervação da dura-máter e sua sensibilidade à pressão. Além disso, em sua obra De re medicina há descrições minuciosas a respeito de hidrocefalia, neuralgia facial e a presença de sintomas como vômito, dificuldade para respirar e paralisia de membros dependendo do nível da lesão na coluna espinhal.

Galeno enfatizava o que Erasistratus já havia documentado com relação à importância do cérebro sem estabelecer vínculo dos giros cerebrais com o intelecto do ser humano. De todos os seus registros, destacou-se a descrição da cadeia simpática e dos gânglios autonômicos.13 Além disso, Celsus e Galeno publicaram um trabalho que determinava minuciosamente cada indicação e a técnica cirúrgica a ser utilizada em cada caso de fratura de crânio.

Não houve um grande desenvolvimento ao longo do período da Idade Média, porém houve contribuições de Avicena, como o primeiro desenho anatômico de um cérebro, e Mundino dei Luzzi, que realizou as primeiras dissecações humanas no continente europeu.

Uma História da Cirurgia Neurológica na Universidade da Califórnia

O período do Renascimento é conhecido pela liberdade de dissecação humana e pelo grande avanço da medicina. Dentre os registros dessa época, destacam-se a obra De Humani Corpori Fabrica de Andrea Vesalius, as ilustrações e o estudo acerca dos ventrículos encefálicos de Leonardo da Vinci, e as ilustrações das circunvoluções cerebrais de Julius Casserius. Utilizando todo o conhecimento da época em relação à neuroanatomia e à neurocirurgia, Ambroise Paré (1510-1590) determinou os fundamentos básicos da cirurgia e desenhou várias trepanações.

Os séculos 17, 18 e 19 foram marcados por registros de estruturas neuroanatômicas que foram descritas detalhadamente, onde destacam-se Franciscus de la Böe, Raymond Vieussens, com a sua obra Neurographia Universalis, Godefroid Bidloo, Feliz Vicq d’Azyr, Johann Christian Reil e Hebert Mayo.

Os termos “hemisfério” e “lobo cerebral” foram utilizados pioneiramente por Thomas Willis no século 17. Luigi Rolando, porém, em seu registro Della Strutura degli Emisferi Cerebrali, foi o primeiro a descrever de forma minuciosa os sulcos e os giros cerebrais. Gratiolet registrou uma das primeiras divisões topográficas do hemisfério cerebral, foi o primeiro a utilizar o termo plis de passage, que se referia às conexões existentes entre giros adjacentes, e relatou com mais detalhes os sulcos cerebrais, diferenciando-os de acordo com o seu aparecimento ao longo da filogênese. Em Portugal, a primeira neurocirurgia foi realizada em 1710 a fim de tratar um caso de fratura de crânio com afundamento, sendo esse mesmo procedimento realizado pela primeira vez no Brasil aproximadamente na mesma época.

O século 19 foi marcado pelas obras que descrevem correlações entre as estruturas nervosas e suas funções neurofisiológicas, tendo como pioneiros nessa descoberta Pierre Paul Broca com sua obra Sobre a Topografia Craniocerebral em 1876, na França, e John Hughlings Jackson, na Inglaterra. Além disso, houve o conhecimento da topografia exata das principais funções do córtex cerebral por meio de reparo da superfície craniana, o que permitiu estimar a localização específica de lesões intracranianas potencialmente cirúrgicas pelo exame físico neurológico.

Neurologia e Neurocirurgia

A transição do século 19 para o 20 foi marcada pelo estudo da neuroanatomia cirúrgica a partir de pontos cranianos de fácil identificação e, com isso, o aprimoramentodastécnicasoperatórias.4,13 Dentreas obras francesas, destacam-se Championniere, Poirier, Le Fort e Chipault e, dentre as obras alemãs, Krönlein, com a obra Topographie cranio cérébrale, e Kocher, com o trabalho Chirurgishe operationslehre.

Victor Darwin L’Espinasse, em 1910, realizou a primeira endoscopia ventricular utilizando um cistoscópio com objetivo de analisar os ventrículos laterais e coagular o plexo corióideo. Entretanto, Dandy foi considerado o Pai da Neuroendoscopia por relatar o mesmo procedimento no boletim do Hospital Johns Hopkins e aprimorar as técnicas de neuroendoscopia.

Com a descoberta da radiação X por Wilhelm Korand Röntgen, em 1895, houve o surgimento de estudos com o objetivo de identificar estruturas encefálicas sobre as imagens radiográficas do crânio, como o trabalho “Relações radiográficas existentes entre os sulcos e os giros cerebrais e suturas cranianas” publicado por P. Marie, Foix e Bertrand, em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial.

Além disso, foram publicados tratados e atlas que ilustram a relação entre as suturas cranianas e a superfície cerebral, destacando o Tratado de Anatomia Topográfica de Testut e Jacob (1932), o Tratado de Anatomia Regional de Medicina e Cirurgia do Cérebro e da Medula Espinhal de Krause (1912) e o Atlas de Anatomia Humana Topográfica e Aplicada de Pernkoff (1980), cuja primeira edição foi publicada em 1963. Em relação aos textos neurocirúrgicos, o Tratado de Cirurgia Neurológica de Rhoton editado por Youmans menciona de forma detalhada algumas relações topográficas básicas.

A Neurocirurgia Moderna foi inaugurada por

Pierre Broca, em 1876, ao realizar uma abordagem terapêutica em um paciente com abscesso na área cerebral responsável pela linguagem baseada em conhecimentos clínico-topográficos. Victor Horsley (1857-1916) executou com sucesso diversas neurocirurgias, incluindo a exérese de um tumor intramedular, em 1887, foi um dos pioneiros em estimulação cortical transoperatória dos giros pré e pós-central em humanos e afirmou, em 1885, que a maior representação do córtex motor encontra-se anteriormente ao sulco central. Com isso, Horsley foi considerado o Pai da Neurocirurgia.

Em 1908, houve o surgimento do conceito de estereotaxia, desenvolvido por Victor Horsley e R. H. Clark, que consistia na introdução de eletrodos em algumas porções do sistema nervoso central com possibilidade de uma visão em três dimensões e resultou na publicação do primeiro atlas sobre o assunto e serviu como base para o surgimento da neuronavegação.

Walter Dany elaborou a pneumoencefalografia em 1918, que consiste em uma técnica de análise radiográfica da superfície encefálica e dos seus ventrículos contrastados pelo ar injetado no espaço subaracnóideo. Esse recurso permitiu uma localização mais precisa de estruturas e pontos de reparo profundos de lesões intracranianas. Houve o surgimento da angiografia pelo neurologista português Egas Moniz e pelo neurocirurgião Almeida Lima, em 1926, com o objetivo de avaliar possíveis lesões vasculares intracranianas.

Augusto Brandão Filho e Manoel de Abreu realizaram a primeira ventriculografia em 14 de fevereiro de 1924, bem como as primeiras experiências em retirada de tumores cerebrais, inaugurando a neuroendoscopia e a neurocirurgia oncológica no Brasil.

Durante a década de 50, vários autores publicaram atlas estereotáxicos com imagens angiográficas e estimulações neurofisiológicas, como Talairach e Szikla, de 1967.10,13 Além disso, houve o progresso de outros procedimentos por meio da técnica estereotáxica, como a radiocirurgia, que consiste na aplicação da radioterapia a uma região encefálica precisamente limitada, elaborada por Lars Leksell em 1951.7,10 Esse avanço comprova o grande auxílio da estereotaxia no acesso a regiões mais profundas do sistema nervoso central e no aprimoramento de técnicas diagnósticas e cirúrgicas.

Sven Ivar Seldinger descreveu uma técnica de introdução de contraste por cateterização em 1953, que aumentou a relação custo-benefício na utilização de angiografia cerebral para investigação de lesões vasculares. Além disso, B. G. Ziedes des Plantes, em 1961, registrou a técnica de subtração com objetivo de melhor visualização das estruturas vasculares.1 A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia foi fundada em 26 de julho de 1957 por médicos que exerciam a especialidade no Brasil.

Após um período de treinamento, Yasargil inaugurou a microneurocirurgia em 1963 com o auxílio do neurocirurgião M. Peardon Donaghy. Já no campo da microanatomia neurocirúrgica destaca-se a escola de Albert Rhoton Jr., iniciada logo após a década de 1970 e contribuiu com diversos estudos acerca da microanatomia craniana e encefálica.5,13 A pesquisa dessa área da neurocirurgia foi de tal importância que constitui até hoje o alicerce do raciocínio topográfico neurocirúrgico e aumentou a precisão do raciocínio neuroclínico.

Em 1970, houve a descoberta da tomografia computadorizada por G. Hounsfield, que permitiu a visualização direta das estruturas encefálicas e das lesões intracranianas, principalmente as lesões potencialmente cirúrgicas. Esse progresso acrescido das novas técnicas estereotáxicas auxiliou na exérese de tumores cerebrais de forma precisamente dirigida e limitada de acordo com Patrick Kelly (1988).

Guiot foi o primeiro a utilizar endoscopia no acesso transefenoidal e reintroduziu a ventriculostomia por neuroendoscopia no acervo de técnicas neurocirúrgicas.14 Isso ocorreu em 1970, quando, juntamente com Bushe e Halves, eles reportaram o uso de endoscópios para acesso às lesões pituitárias, que eram ressecadas sob microscopia. Entretanto, Jho e Carrau foram os pioneiros na realização de neurocirurgias endoscópicas puras, onde o acesso e ressecção eram todos realizados

sob endoscopia.11,14 Esse marco acrescido pela elaboração de técnicas cirúrgicas de base de crânio e neurocirurgias com acesso endonasal para tratamento de tumores e doenças localizadas nessa região criou um ponto em comum entre otorrinolaringologistas e neurocirurgiões.

A descoberta da tomografia computadorizada marcou um período de pesquisa para fins de aprimoramento da técnica para melhor visualização do parênquima cerebral e culminou com a descoberta da ressonância nuclear magnética, com destaque dos autores Damadian (1971), Lauterbur (1973), e Mansfield e Grannell (1973).13

Griffith, em 1977, realizou a ressecção do plexo corióideo e foi o primeiro a utilizar o termo endoneurocirurgia.14 Na França, em 1978, De Brun relatou sua primeira experiência no uso de cateter balão como abordagem terapêutica nos casos de aneurismas cerebrais inacessíveis por via neurocirúrgica, que culminou com o surgimento da neurorradiologia intervencionista.

O neurocirurgião de maior destaque no reconhecimento da neurocirurgia como especialidade médica foi Harvey Cushing, que desenvolveu os pilares da neurocirurgia prática nos Estados Unidos pela elaboração de técnicas cirúrgicas e casuísticas em diferentes áreas da neurocirurgia, resultando na obra Somatic motor and sensory representation in the cerebral cortex of man as studied by electrical stimulation (1981).

No campo da neurorradiologia intervencionista, Higashida (1990) e Moret (1991) relataram experiências com balões descartáveis, e Hilal (1989) publicou a técnica de utilização de molas para tratamento de aneurismas cerebrais, comumente conhecidas como coils.1 Em 1990, Fitzpatrick e Wickham sugeriram o termo “Cirurgia minimamente invasiva” em referência aos tratamentos endoscópicos e, em 1992, Hellwig e Bauer inauguraram o termo “Neurocirurgia endoscópica minimamente invasiva”.

Em relação ao Amazonas, os procedimentos neurocirúrgicos eletivos são realizados pelo Hospital Universitário Getúlio Vargas e a Fundação Centro de Controle de Oncologia se destaca no campo

Pronto-Socorro João Lúcio Pereira Machado é responsável pelo atendimento e suporte neurocirúrgico de urgência.

O futuro da neurocirurgia gira em torno da estereotaxia sem moldura, na introdução de substâncias no sistema nervoso central que influenciariam no prognóstico de doenças causadas por transtornos na neurotransmissão e no transplante neural.7

CONCLUSÃO

O progresso no conhecimento acerca da neuroanatomia e da neurofisiologia foi essencial para a elaboração de abordagens terapêuticas, desde simples craniotomias até a neuronavegação, a neurorradiologia intervencionista, a microneurocirurgia e a neuroendoscopia. Além disso, as figuras de destaque nesse processo histórico são de grande importância para a compreensão das condutas atualmente preconizadas e o surgimento de curiosidades e novas teorias para o futuro da neurocirurgia e suas subespecialidades.

REFERÊNCIAS:

1 – Giannetti AV. Análise crítica do papel atual da neurorradiologia diagnóstica e inervencionista. Arq Bras Neurocir. 2002; 21 (3- 4): 103-10.

2 – Gildenberg PL. The History of Stereotactic Neurosurgery. Neurosurgery Clinic N AM. 1990; 1(4): 765-80.

3 – Goodrich JT. Neurosurgery in the Ancient and Medieval Worlds. In: Greenblatt, SH, Dagi TF, Epstein MH editors. A history of Neurosurgery: In its scientific and professional contexts. Park Ridge, Ill: AANS; 1997. p. 37-63.

4 – Gusmão SNS. Primeira intervenção neurocirúrgica praticada por médico português.

Sinapse [ISSN 1645-281X]. 2005; 5: 41-3.

5 – Gusmão SNS, Silveira RL, Filho GC. Broca e o Nascimento da Moderna Neurocirurgia. Arq Neuro-Psiquiatr [ISSN 0004-282X]. 2000; 58 (4): 1114-1152.

6 – Gusmão SS, Souza JG. O Nascimento da Neurocirurgia Brasileira. Arq Bras Neurocir. 2000; 19(2): 92-6.

7 – Iskandar BJ, Nashold BS. History of Functional Neurosurgery. Neurosurg Clinic N Am. 1995; 6(1): 1-25.

8 – Lucilius C, Conceição P. HC realiza primeira neurocirurgia com paciente acordada para retirada de tumor cerebral. Notícias do site Hospital das Clínicas – Unicamp. Campinas, 2010 [acesso em 3 de fevereiro de 2012]. Disponível em: http://www.hc.unicamp.br/imprensa/not- 100518-neurologia.shtml/

9 – Missios S. Hippocrates, Galen and the Uses of Trepanation in the Ancient Classical World. Neurosurg Focus [ISSN 1092-0684]. 2007; 23(1): 1-9.

10 – Nashold BS. The History of Stereotactic Neurosurgery. Stereotact Funct Neurosurg. 1994; 62(1-4): 29-40.

11 – Nogueira Júnior JF, Hermann DR, Américo RR, Filho ISB, Stamm AEC, Pignatari SSN. Breve história da otorrinolaringologia: otologia, laringologia e rinologia. Rev Bras Otorrinolaringol [ISSN 0034-7299]. 2007; 73(5): 693-703.

12 – Ossame AC. FCECON realiza primeira neurocirurgia oncológica. Jornal acritica.com. Manaus, 2010 [consultado em 3 de fevereiro de 2012]. Disponível em: http://acritica. uol.com.br/manaus/Amazonas-Manaus- Amazonia-FCecon-realiza-neurocirurgia- oncologica_0_278372171.html/

13 – Ribas GC. Das trepanações pré- históricas à neuronavegação: evolução histórica das contribuições da neuroanatomia e das técnicas de neuroimagem à prática

Os anos Adams

Os Anos Adams

A orientação de John Adams para o trabalho experimental era bem conhecida quando, apesar do seu status de professora júnior como professor assistente, ele se tornou presidente do departamento em 1956. Ele não perdeu tempo entrando no laboratório durante sua residência em 1948. No Donner Laboratory , estudou a absorção do líquido cefalorraquidiano (1) e a mudança de água e eletrólito em convulsões experimentais usando radioisótopos (4). Com Louis Bakay, ele foi um dos primeiros pesquisadores a usar radionuclídeos em estudos metabólicos cerebrais e de fluxo sanguíneo. Ele usou essa técnica também em seu trabalho posterior sobre as alterações metabólicas durante a hipotermia.

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Um interesse clínico na cirurgia estereotáxica levou Adams a passar 3 semanas com Mundinger e Leksell, arquitetos da técnica, em 1954. Ao retornar à UC, ele reuniu uma equipe – composta por ele mesmo, Joseph Witt e Burt Rutkin – para começar um Programa de cirurgia estereotáxica clínica. Witt, um neurocirurgião treinado em Mayo, acabou de trabalhar no Oakland Naval Hospital, se juntou à faculdade em 1958. Rutkin era o engenheiro elétrico responsável por todo o equipamento. Adams e Witt fizeram exames e avaliações de acompanhamento em uma clínica semanal. Em 1960, um serviço de cirurgia estereotáxica foi estabelecido no Langley Porter Institute.

O quadro Leksell foi utilizado no tratamento do Parkinsonismo, paralisia cerebral e dor intratável. Os problemas em estudo foram os métodos de produção de uma lesão por radiofreqüência, congelamento ou isótopos emissores de beta, e os métodos de localização de alvos e padronização de parâmetros para estimulação e gravação para que os resultados possam ser avaliados. Outros membros do departamento também atuam no laboratório foram Burton Wise sobre o metabolismo de eletrólitos e água e o efeito do manitol hipertônico na pressão intracraniana (58-61) e Adams e Pevehouse em hipotermia profunda (6).

A carga anual de casos não mudou notavelmente de 1956 a 1962. As admissões variaram de 700 a 800 por ano, com cerca de 500 operações: tumor cerebral [75 a 90 casos] e hérnia de procedimentos de disco lombar [60], discectomia cervical anterior e fusão [30 ], ligadura de carótida [20], trombectomia carotídea [20], quimiopalidotomia [16 a 30], procedimentos aneurismáticos [15 a 25], procedimentos estereotáxicos [15, mas 38 em 1963], procedimentos sob hipotermia [13 a 22], coluna vertebral procedimentos de tumor [11 a 23], hipofisectomia [2 a 15], seção de raiz trigeminal [8], angioma [4] e procedimentos de grampo Selverstone [4].

Adams tornou-se professor associado em 1957 e Boldrey, professor em 1960; outros na faculdade eram Jones, Brown, Wise (vice-presidente), Witt, Pevehouse, Webb e Dunbar, com Siefert, Arnstein e outros graduados como instrutores clínicos. William Hoyt realizou uma consulta conjunta em neuro-oftalmologia e cirurgia neurológica. Um marco na história da Faculdade de Medicina da UC ocorreu em 1960, quando realizou seu primeiro começo em São Francisco, além de Berkeley. Muitos cirurgiões seniores foram convidados a visitar durante esses anos. O primeiro, em 1960, foi Lyle French, seguido por nomes tão eminentes como Oscar Hirsch, Wilder Penfield, Richard Schneider, Eben Alexander e William Sweet. Dr. Naffziger morreu em 21 de março de 1961.
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Olhando para a primeira metade da presidência de Adams, pode-se ver até que ponto ele dirigiu a divisão de neurocirurgia em direção à experimentação e suas aplicações clínicas. Isso foi tipificado pelo trabalho que ele fez com seus residentes em hipotermia profunda, que ele considerou uma valiosa técnica auxiliar para aumentar o tempo de oclusão proximal na cirurgia de aneurisma (2, 3, 5, 6, 9, 10, 47, 48). Ele usou hipotermia com cirurgia vascular em 18 casos em 1966. Quase como uma linha lateral, em 1964, em uma reunião da Sociedade Neurocirúrgica da América, ele e Witt descreveram o uso do microscópio no funcionamento de aneurismas intracranianos, um primeiro de acordo com Robert Rand (42). Na reunião de 1967 da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos, Adams falou sobre 16 pacientes tratados com cryohypophysectomy por acromegalia, uma operação realizada pela Rand. Os pacientes para quem esse procedimento falhou, que tiveram secreção persistente excessiva de hormônio do crescimento, forneceram a Charles Wilson suas primeiras oportunidades de usar o procedimento transesfenoidal (56).

O legado de John Adams é a sua introdução do departamento de cirurgia neurológica ao método experimental. Ele foi treinado por um médico e cirurgião supremo que, enquanto ele próprio não se envolveu em pesquisas laboratoriais, reconheceu sua importância para a cirurgia neurológica. A este respeito, Adams é o melhor produto da Naffziger. Durante um período de 15 anos, a Adams promoveu um ambiente de pesquisa em que os residentes floresciam e obtiveram autênticas autorizações. Burton Wise, também, fez muitas contribuições de pesquisa independentes significativas. A vitalidade de seu “laboratório” levou os Regents, em 1962, a honrar a memória do Dr. Naffziger, propondo um instituto para pesquisas neurológicas em seu nome.

Parte 3 – Uma História da Cirurgia Neurológica na Universidade da Califórnia

Em maio de 1944, um número Naffziger do Journal of Nervous and Mental Disease homenageou-o aos 60 anos. Na introdução, Foster Kennedy dificilmente poderia conter sua admiração. Saudações a Naffziger por Robert Sproul, presidente da UC, e por Francis Scott Smyth, decano da faculdade de medicina, expressaram o profundo endividamento da universidade em “um dos mais célebres cirurgiões cerebrais do país” e assegurou seu serviço contínuo em a ampla gama de seus interesses. A partir desses homens, as palavras anunciaram a criação do Departamento de Cirurgia Neurológica em 1947, com Naffziger como Professor e Presidente.

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Após a Segunda Guerra Mundial, o treinamento dos moradores acelerou notavelmente como muitos cirurgiões interessados ​​em treinamento formal retornaram do serviço militar. John Adams foi formado em 1948, o primeiro a completar treinamento no novo departamento acadêmico. Eugene Stern completou a residência em 1951, após o serviço militar e 2 anos no Queen Square e Johns Hopkins. Mudanças ocorreram também na faculdade. Edwin Boldrey juntou-se à equipe em 1940, tendo treinado no Instituto Neurológico de Montreal (MNI), e a doença crônica de Fleming forçou sua aposentadoria em 1943.

Bertram Feinstein juntou-se à equipe em 1947. Em 1949, Robert Aird avançou para Professor e, em 1950, Adams para Professor Assistente. Esta configuração de pessoal foi necessária para atender novas responsabilidades de ensino, já que as instruções em cirurgia neurológica para estudantes de medicina foram separadas da cirurgia geral em 1948. A instrução foi dada da seguinte forma: Ano 1, anatomia; Ano 2, cirurgia, tratamento histórico em cirurgia neurológica, patologia e neurologia; Ano 3, treinamento neurocirúrgico clínico no Hospital Geral de São Francisco (SFGH), palestras e trabalho na ala; Ano 4, seção trabalha como funcionários clínicos do Hospital UC

O trabalho experimental de John Adams e Robert Aird começou a aparecer em 1948 (1, 4). Aird, um neurologista com tendências cirúrgicas, se juntou à neurocirurgia em 1936. Em 1947, quando o Departamento de Neurologia foi estabelecido, Aird tornou-se seu presidente, mas manteve uma consulta conjunta devido ao seu papel contínuo no treinamento de residentes de neurocirurgia. Os seus interesses de pesquisa foram a barreira hematoencefálica prejudicada e eletroencefalografia (EEG), mas também trabalhou com Naffziger ao longo dos anos sobre a capacidade regenerativa do nervo e do músculo e em fatores que causam recuperação defeituosa do mecanismo neuromuscular (39).

Em 1951, a presidência do departamento passou de Howard Naffziger para Edwin Boldrey. A primeira descrição de um programa de treinamento pós-doutorado de 3 anos para residentes em cirurgia neurológica apareceu no anúncio da Escola de Medicina em 1951. Ele especificou os requisitos de aceitação, os detalhes das rotações clínicas e de laboratório, os horários de rodadas e conferências , e a progressão esperada para a independência em habilidades cirúrgicas. Em 1954, o programa foi ampliado para 4 anos, com Byron Cone Pevehouse como o primeiro beneficiário do tempo adicional para o treinamento clínico.

Neurologia e Neurocirurgia Origem

Neurologia e Neurocirurgia Origem: A história da inovação neurológica e neurocirúrgica no Hospital Johns Hopkins começa com a abertura da instituição em 1889.

Neurologia e Neurocirurgia Origem

No início dos anos 1900, Harvey Cushing, “o pai da neurocirurgia“, realizou as primeiras operações de sucesso para tumores cerebrais. Em 1937, Walter Dandy realizou o primeiro recorte de aneurisma.

Uma dedicação para a compreensão do sistema nervoso através da pesquisa e como isso pode afetar o atendimento clínico definiu Johns Hopkins Neurology e Neurosurgery em português (Neurologia e Neurocirurgia) desde o início.

O Campo Especial é uma nova história do Departamento de Neurocirurgia de Johns Hopkins e conta a fascinante história de seu impacto em descobertas e tratamento inovadores. Saber mais.

Neurologia e Neurocirurgia Origem
Neurologia e Neurocirurgia Origem

Emergiu rapidamente como líderes com pesquisas

Nossa equipe emergiu rapidamente como líderes com pesquisas sobre como o cérebro reage a lesões e com invenções como o uso de raios-X para orientar a cirurgia do cérebro.

Uma década depois, quando os neurologistas e neurocirurgiões Johns Hopkins descobriram que os traços, distúrbios e lesões do sistema nervoso e nervoso apresentam problemas tão distintos, que apenas os cuidados intensivos especializados podem salvar os pacientes, eles foram pioneiros na primeira unidade dedicada de cuidados críticos neurológicos (NCCU) no país.

Todos os anos, fornecemos mais de 30.000 consultas ambulatoriais e realizamos mais de 4.000 operações cerebrais, tumorais, vasculares e nervosas periféricas.

A Faculdade de Neurocirugia

Nossa faculdade de renome internacional, fortalecida pela nossa tradição de compartilhar idéias em todas as disciplinas e fundar pesquisas baseadas em laboratório e clínicas, oferece aos pacientes novas capacidades e terapias diagnósticas notáveis.

Para pacientes com tumores cerebrais, por exemplo, eles podem receber não apenas tratamentos padrão, mas também novas técnicas para fornecer radiações, quimioterapia, vacinas e terapia genética.

O Hospital Johns Hopkins levou a taxas de mortalidade que estão entre as mais baixas do mundo.

Johns Hopkins surgiu como um dos centros neurológicos mais abrangentes de seu tipo, diagnosticando e tratando uma ampla gama de doenças e doenças neurológicas adultas e pediátricas.

Hoje, o Johns Hopkins Hospital está lançando as bases para mais avanços médicos, incluindo a abertura de nossos novos edifícios de última geração.

Comprometemo-nos a fornecer um excelente atendimento ao paciente através de planos de tratamento individualizados. Continuamos a desenvolver a nossa missão de não só integrar investigação, educação e cuidados ao paciente, mas avançar os campos da neurologia e da neurocirurgia, muitas vezes um paciente por vez.

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Por que o Neurocirurgião pode Manter um Paciente Acordado para Cirurgia no Cérebro

Por que o Neurocirurgião pode Manter um Paciente Acordado Durante uma Cirurgia: Imagine passar por uma cirurgia cerebral estando acordado e conversando com a equipe médica. Parece ficção científica, mas essa é a realidade da neurocirurgia acordado, uma técnica inovadora que permite aos cirurgiões operar o cérebro com o paciente consciente, garantindo a preservação de funções vitais como a fala, o movimento e a memória.

Por que o Neurocirurgião pode Manter um Paciente Acordado Durante uma Cirurgia no Cérebro?

Mas por que um neurocirurgião optaria por manter o paciente acordado durante uma cirurgia tão delicada? Quais são os benefícios e riscos dessa técnica? E como ela funciona na prática? Neste artigo, vamos desvendar os mistérios da neurocirurgia acordado e mostrar como essa abordagem revolucionária está transformando o tratamento de tumores cerebrais e outras condições neurológicas.

O Cérebro Desperto: Uma Ferramenta Precisa

A neurocirurgia acordado, também conhecida como cirurgia com paciente desperto ou monitorização neurofisiológica intraoperatória, é uma técnica que permite aos cirurgiões mapear as áreas funcionais do cérebro durante a cirurgia. Isso é feito através da estimulação elétrica de áreas específicas do cérebro e da observação da resposta do paciente.

Enquanto o paciente está acordado, o neurocirurgião pode pedir que ele realize tarefas simples, como contar, falar ou mover os dedos. Ao observar a resposta do paciente, o cirurgião pode identificar as áreas do cérebro responsáveis por essas funções e evitar lesá-las durante a remoção do tumor ou tecido doente.

Por Que Optar pela Neurocirurgia Acordado?

Existem diversas razões pelas quais um neurocirurgião pode optar por realizar uma cirurgia cerebral com o paciente acordado:

  • Preservação de Funções Vitais: A principal vantagem da neurocirurgia acordado é a capacidade de preservar funções vitais do cérebro, como a fala, o movimento e a memória. Ao mapear as áreas funcionais do cérebro durante a cirurgia, o cirurgião pode remover o tumor ou tecido doente com maior precisão, minimizando o risco de sequelas neurológicas.
  • Maior Remoção do Tumor: Em alguns casos, a neurocirurgia acordado permite a remoção de uma porção maior do tumor, aumentando as chances de sucesso do tratamento.
  • Menor Risco de Complicações: Estudos têm demonstrado que a neurocirurgia acordado pode reduzir o risco de complicações pós-operatórias, como déficits neurológicos e convulsões.
  • Recuperação Mais Rápida: Pacientes submetidos à neurocirurgia acordado tendem a ter uma recuperação mais rápida e menos dolorosa do que aqueles submetidos à cirurgia tradicional.

Como Funciona a Neurocirurgia Acordado?

A neurocirurgia acordado é um procedimento complexo que envolve uma equipe multidisciplinar de neurocirurgiões, anestesiologistas, neuropsicólogos e outros profissionais de saúde. O processo pode ser dividido em três etapas principais:

  1. Preparo: Antes da cirurgia, o paciente passa por uma avaliação médica completa, incluindo exames de imagem e testes neuropsicológicos. O anestesiologista explica o procedimento e discute as opções de anestesia com o paciente.
  2. Cirurgia: Durante a cirurgia, o paciente é sedado para a abertura do crânio. Em seguida, a sedação é suspensa e o paciente é despertado. O neurocirurgião realiza a estimulação elétrica do cérebro e o paciente responde a comandos simples. O tumor ou tecido doente é então removido com cuidado, evitando as áreas funcionais do cérebro.
  3. Recuperação: Após a cirurgia, o paciente é monitorado de perto na unidade de terapia intensiva. A maioria dos pacientes se recupera rapidamente e pode voltar para casa em poucos dias.

Riscos e Benefícios da Neurocirurgia Acordado

Como qualquer procedimento cirúrgico, a neurocirurgia acordado apresenta riscos e benefícios. Os principais riscos incluem:

  • Dor ou Desconforto: Embora a maioria dos pacientes não sinta dor durante a cirurgia, alguns podem sentir desconforto ou ansiedade.
  • Convulsões: Em casos raros, a estimulação elétrica do cérebro pode desencadear convulsões.
  • Infecção: Como em qualquer cirurgia, existe o risco de infecção no local da incisão.

Os benefícios da neurocirurgia acordado, como vimos, são a preservação de funções vitais, maior remoção do tumor, menor risco de complicações e recuperação mais rápida.

Outras Doenças Tratadas com Neurocirurgia

A neurocirurgia, seja acordado ou não, é utilizada no tratamento de diversas doenças neurológicas, como:

  • Tumores cerebrais: A neurocirurgia é o principal tratamento para tumores cerebrais, tanto benignos quanto malignos.
  • Epilepsia: Em alguns casos de epilepsia refratária a medicamentos, a neurocirurgia pode ser uma opção para remover o foco epiléptico.
  • Doença de Parkinson: A estimulação cerebral profunda, um tipo de neurocirurgia, pode ajudar a controlar os sintomas da doença de Parkinson.
  • Hidrocefalia: A neurocirurgia pode ser utilizada para implantar um sistema de derivação para drenar o excesso de líquido cefalorraquidiano no cérebro.
  • Malformações arteriovenosas (MAVs): A neurocirurgia pode ser utilizada para remover ou tratar MAVs, que são emaranhados anormais de vasos sanguíneos no cérebro.

Cuidando da Saúde do Seu Cérebro

A prevenção de doenças neurológicas é fundamental para a saúde do seu cérebro. Adote hábitos saudáveis, como:

  • Alimentação equilibrada: Uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, com baixo teor de gordura saturada e açúcar, é essencial para a saúde do cérebro.
  • Atividade física regular: O exercício físico melhora a circulação sanguínea no cérebro, protege contra o declínio cognitivo e reduz o risco de AVC.
  • Controle da pressão arterial e do colesterol: A hipertensão e o colesterol alto são fatores de risco para AVC e outras doenças neurológicas.
  • Não fumar: O tabagismo aumenta o risco de AVC e outras doenças cerebrovasculares.
  • Moderação no consumo de álcool: O consumo excessivo de álcool pode danificar o cérebro e aumentar o risco de doenças neurológicas.
  • Sono de qualidade: O sono adequado é essencial para o bom funcionamento do cérebro e a consolidação da memória.
  • Estimulação mental: Manter o cérebro ativo com atividades como leitura, jogos de tabuleiro e aprendizado de novas habilidades ajuda a prevenir o declínio cognitivo.

Conclusão: A Neurocirurgia Acordado Abre Novas Possibilidades

A neurocirurgia acordado é uma técnica inovadora que oferece novas possibilidades para o tratamento de doenças neurológicas. Ao permitir que o paciente participe ativamente da cirurgia, essa abordagem garante a preservação de funções vitais do cérebro e aumenta as chances de sucesso do tratamento. Se você ou alguém que você conhece precisa de uma neurocirurgia, converse com seu médico sobre a possibilidade de realizar o procedimento com a técnica acordado.

Lembre-se: A neurocirurgia acordado é uma opção segura e eficaz para o tratamento de diversas condições neurológicas. Com o avanço da tecnologia e o aprimoramento das técnicas cirúrgicas, essa abordagem promete revolucionar o futuro da neurocirurgia.

Por que o Neurocirurgião pode Manter um Paciente Acordado para Cirurgia no Cérebro
Por que o Neurocirurgião pode Manter um Paciente Acordado para Cirurgia no Cérebro
Referencia e Fontes de Informações

 

Neurocirurgião Sweet morre aos 90 anos

Neurocirurgião Sweet morre aos 90: O doutor Neurocirurgião SP esteve na Medical School, MGH, por increíveis longos e mais de 60 (sessenta) anos.

Angela Merkel, a cientista que se tornou líder mundial

Gore critica ataques a fatos, ciência, razão

Surgeons Perform Brain Surgery Using Augmented Reality, Animated 3D Brain. High Tech Technologically Advanced Hospital. Futuristic Theme.

William H. Sweet, professor de cirurgia emérito, Harvard Medical School, e ex-chefe do serviço de neurocirurgia, Massachusetts General Hospital (MGH), morreu de complicações da doença de Parkinson em 22 de janeiro em sua casa em Brookline, Massachusetts. .

Sweet nasceu em Kerriston, Washington. Formou-se na Universidade de Washington em 1930 e depois ingressou na Harvard Medical School. Em seu segundo ano de medicina, foi premiado com uma Bolsa Rhodes. Após dois anos em Oxford, ele retornou a Harvard para concluir seu mestrado em

1936.

Av. Ibirapuera, 2907 – conjunto 1618 – Moema, São Paulo – SP, 04029-200, Brasil

98RM+H8 Moema, São Paulo – SP, Brasil

Neurocirurgião SP victorbarboza.com.br

+55 11 3522-9515

Após o serviço na Segunda Guerra Mundial com os Serviços Médicos de Emergência Britânicos, ele retomou sua carreira em neurocirurgia acadêmica no MGH e na Faculdade de Medicina. Durante mais de 60 anos de serviço a essas instituições, Sweet fez contribuições significativas na pesquisa básica e nos cuidados clínicos no campo da neurocirurgia. Sua bibliografia de 538 publicações reflete sua ampla gama de interesses.

Neurocirurgião SP

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Seus muitos novos estudos básicos e clínicos melhoraram o atendimento de pacientes com dor crônica, distúrbios do sistema vascular cerebral, epilepsia, problemas no líquido cefalorraquidiano e tumores cerebrais. Sweet foi um dos primeiros neurocirurgiões acadêmicos a enfatizar a importância da pesquisa básica em um departamento de neurocirurgia clínica e manteve um interesse vitalício pelas neurociências.

Não apenas seus pacientes se beneficiaram de suas excelentes habilidades cirúrgicas, mas Sweet ensinou essas habilidades a residentes neurocirúrgicos que agora estão praticando em todo o país. Ele também forneceu um programa de bolsas ativo para ajudar a melhorar os cuidados neurocirúrgicos em outros países. Em reconhecimento especial à contribuição deste programa para o desenvolvimento e progresso da neurocirurgia no Japão, ele recebeu a Ordem do Sol Nascente do Imperador do Japão.

Neurocirurgião SP Sweet

Neste país, Sweet recebeu os maiores prêmios concedidos em sua área, incluindo: Convidado Honrado do Congresso de Cirurgiões Neurológicos, a Medalha de Cushing da Associação Americana de Cirurgiões Neurológicos e o Prêmio de Serviços Distintos da Sociedade de Cirurgiões Neurológicos.

Ele é sobrevivido por sua esposa, Elizabeth; três filhos de um casamento anterior: David, Gwendolyn e Paula; e oito netos.

Uma cerimônia memorial será realizada no domingo, 25 de março, às 14 horas. na Casa da Academia Americana de Artes e Ciências, 136 Irving St., Cambridge (use a entrada 200 Beacon St.).

Os presentes memoráveis ​​podem ser feitos para o William Sweet Professorship, c / o Escritório de Desenvolvimento de Recursos, Harvard Medical School, 25 Shattuck St., Boston, MA 02115.

Em memória do Neurocirurgião SP

11 Maneiras de Evitar o AVC

11 Maneiras de Evitar o AVC: Nunca é tarde demais para atacar contra potencialmente o devastador ataque do cérebro (AVC).

Como primos mais próximos da doença cardíaca e acidente vascular cerebral compartilham de uma mesma linhagem.

Maneiras para Evitar o AVC

Ambos surgem a partir de uma mistura de natureza (genes), cultivar (educação e meio ambiente), e escolha pessoal (tabagismo, exercício físico, etc.).

Para a maioria de nós, escolha pessoal, em grande parte determina se um avc está à frente. Orientações sobre a prevenção do acidente vascular cerebral sugerem que um estilo de vida saudável pode reduzir o risco de ter um por 80%. Nenhuma droga, dispositivo ou outra intervenção pode chegar perto de fazer isso.

O termo “golpe” evoca uma assustadora parafuso fora do azul. Certamente que sente de que forma, quando isso acontece. Mas o aparecimento súbito esconde um acidente vascular cerebral longas décadas de desenvolvimento, devido à lenta, mas constante, danos aos vasos sanguíneos, o crescimento da artéria entupimento placa, ou o desenvolvimento de fibrilação atrial. Este tempo de gestação significa, muitas vezes, é possível evitar um acidente vascular cerebral em combate arterial corrosão.

Dois Tipos de AVC

Um derrame ocorre quando o sangue parar de fluir para a parte do cérebro. Corte de seu fornecimento de oxigênio, as células do cérebro começam a morrer em poucos minutos. Às vezes, o dano é fatal — acidente vascular cerebral é a quarta causa principal de morte nos Estados Unidos, correspondendo a cerca de 135.000 de mortes a cada ano.

Na maioria das vezes, o avc não é um assassino. A American Heart Association estima que existem mais de seis milhões de sobreviventes de avc nos Estados Unidos.

Embora alguns tenham nenhum físico ou mental lembretes do ataque, muitos têm longa duração fala de perda, paralisia, ou outros problemas. Na verdade, o avc é a principal causa de deficiência — quase um em cada três sobreviventes é desativada permanentemente, e muitos mais necessidade de cuidados de longa duração.

Avcs isquêmicos ocorre quando um coágulo de sangue ou outros detritos bloqueia um vaso sanguíneo no cérebro ou um líder. Estes correspondem a mais de 80% dos acidentes vasculares cerebrais. O resto são hemorrágica traços. Estas ocorrem quando um vaso sanguíneo no cérebro explode. O sangramento (hemorragia), priva a jusante de células cerebrais de sangue oxigenado e também pode danificar as células, aumentando a pressão dentro do cérebro.

Embora isquêmica e hemorrágica traços requerem diferentes tratamentos, uma vez que eles aparecem, os esforços para evitar que eles são muito semelhantes.

Diferentes Tipos de AVC

ilustração do cérebro, mostrando hemorrágico e o isquêmico

Existem dois tipos principais de avc. Avcs isquêmicos são mais comuns e ocorrem quando um coágulo bloqueia uma artéria no cérebro. Em alguns casos, o coágulo se desenvolve no próprio navio (trombóticos acidente vascular cerebral). Em outros casos, o coágulo de formulários no coração ou em uma artéria que leva o sangue para o cérebro, o coágulo se desprende e viaja até o cérebro, onde ele se aloja em uma pequena artéria (acidente vascular cerebral embólico). Hemorrágica avcs ocorrem quando uma artéria do cérebro se rompe, liberando o fluxo de sangue para o tecido cerebral.

Três tipos de risco

Você pode alterar alguns, mas não todos, os fatores que aumentam suas chances de ter um acidente vascular cerebral (ver “fatores de Risco para o avc”).

Nonmodifiable fatores de risco incluem idade, sexo, genes, peso de nascimento, e de raça ou etnia. 60-year-old do Americano Africano homem que pesava menos de 5,5 quilos ao nascer e cujo pai teve um acidente vascular cerebral é muito mais propensos a ter um avc, nos próximos 10 anos do que uma de 45 anos Asiático mulher que pesava 8 quilos ao nascer e que tem uma história familiar de avc. Embora você não pode alterar esses fatores, eles definir o seu risco de base. O mais alto, o mais importante é o controle de coisas que você pode mudar.

Fatores de risco modificáveis são coisas que afetam o risco de avc em que você tem algum controle. Estes vão desde a pressão arterial elevada e diabetes, tabagismo e salgado dieta.

Muitos emergentes, fatores de risco, estão sob investigação. Estes incluem enxaqueca, apneia obstrutiva do sono (segurando a respiração durante o sono, seguido por explosivos ronco), a doença de goma, marcadores sanguíneos como a lipoproteína(a), e infecção.

Fatores de risco para acidente vascular cerebral

Fatores que você não pode mudar

  • Idade
  • Sexo
  • Raça/etnia,
  • Fatores que você pode mudar
  • Pressão arterial elevada
  • A falta de exercício
  • Fumar
  • Diabetes
  • O colesterol elevado
  • Fibrilação Atrial
  • Doença falciforme
  • Uso de contraceptivos orais
  • A obesidade
  • Presença de outras doenças cardiovasculares
  • O abuso de álcool
  • O abuso de drogas
  • Mais difícil de alteração ou novas evidências
  • A apnéia obstrutiva do sono
  • A enxaqueca
  • Certas infecções
  • Doença periodontal
  • Marcadores sanguíneos como factor V de Leiden, lipoproteína(a), outros

11 Atos Contra o AVC

Você pode lutar acidente vascular cerebral em muitas frentes. Um único impulso, é bom; uma de muitas frentes de ataque é ainda melhor. Eis 11 coisas que você pode fazer para ficar curso livre:

  1. Conhecer e controlar a sua pressão arterial.
  2. Não fumar, parar de se fazer.
  3. Perder peso, se necessário.
  4. Tornar-se mais activo.
  5. Identificar e gerenciar fibrilação atrial.
  6. Ser agressivo sobre o tratamento de um ataque isquêmico transitório (AIT ou mini-avc).
  7. Tratar problemas circulatórios, como doença arterial periférica, doença falciforme ou anemia grave.
  8. Conhecer e controlar o açúcar no sangue e o colesterol.
  9. Se você beber álcool, faça-o com moderação.
  10. Adotar uma dieta baixa em sódio e ricos em potássio.
  11. Conhecer os sinais de alerta do avc (ver “sinais de alerta do Avc”) e responder imediatamente.

Sinais de alerta do avc

Se você perceber um ou mais dos sinais abaixo em si mesmo ou para outra pessoa, ou você está realmente preocupado que você ou alguém que você está com está tendo um avc, ligue para o 911 ou o seu número de emergência local de imediato:

súbito entorpecimento ou fraqueza da face, braço ou perna, especialmente em um lado do corpo

súbita confusão ou problemas na fala ou compreensão

súbita dificuldade para enxergar em um ou em ambos os olhos

súbito problema com a marcha, perda de equilíbrio ou coordenação

súbito, forte dor de cabeça sem causa conhecida.

Começar cedo é melhor.

A aquisição de hábitos saudáveis na infância, adolescência ou idade adulta jovem define o palco para uma saudável vida adulta e a velhice. Mas se você é tardio em se juntar a prevenção de festa, não é demasiado tarde. Mesmo pequenos passos, agora, pode melhorar a sua saúde.

Como a Neurocirurgia Age no Acidente Vascular Cerebral

A Neurocirurgia tem um papel notável no AVC (acidente vascular cerebral) na fase aguda, onde é necessária a realização de procedimentos que possam desobstruir o vaso sanguíneo ou parar o sangramento, e também na recuperação através de técnicas que auxiliam o tratamento das sequelas.

Antes de partir para abordagens terapêuticas mais invasivas (como infiltrações e tratamentos neuromodulatórios), deve-se optar pelo tratamento medicamentoso.

É importante saber que as abordagens cirúrgicas não são capazes de recuperar os danos cerebrais, mas podem melhorar significativamente a capacidade funcional e garantir uma melhor qualidade de vida ao paciente.
Continue a leitura do artigo para saber mais sobre a abordagem terapêutica da Neurocirurgia no Acidente Vascular Cerebral.

Neurocirurgia no Acidente Vascular Cerebral

A fase aguda é o momento em que tentamos reduzir os danos causados pelo AVC. Quando o AVC é tratado na fase aguda de forma rápida e correta, há grandes chances de o paciente não apresentar sequelas. O tempo é determinante na eficácia dos procedimentos, e consequentemente na redução de sequelas.

A Trombectomia Endovascular é um procedimento neurocirúrgico que consiste em retirar o coágulo que está bloqueando a circulação sanguínea no cérebro. Este método é bastante efetivo nos casos em que a oclusão ocorre em vasos grandes. Ele é utilizado em casos de AVC isquêmico agudo, e sua indicação pode variar de acordo com cada caso.

Embora os casos sejam diferentes uns dos outros, as sequelas do AVC podem prejudicar o paciente fisicamente e emocionalmente. Por este motivo, após a fase aguda do AVC, é feito um tratamento com o intuito de evitar novos eventos e tratar as sequelas.

Reconhecer os sinais de alerta é essencial, assim como a realização de acompanhamento a longo prazo. Deve-se tomar medidas preventivas e controlar os fatores de risco, em conjunto com a terapia dirigida, que auxilia a otimização das atividades de vida diária do paciente, a mobilidade, espasticidade, continência, comunicação, dor, humor e cognição.
Os efeitos mais comuns notados após a fase aguda do AVC são alterações motoras e dor crônica, que podem ser tratados através de técnicas de neuromodulação.

Tipos de Acidente Vascular Cerebral

O Acidente Vascular Cerebral (também denominado derrame ou Acidente Vascular Encefálico) é uma disfunção neurológica que consiste na interrupção do fluxo sanguíneo no encéfalo (conjunto de órgãos que constituem a caixa craniana, incluindo o cérebro, cerebelo, bulbo raquidiano, tronco cerebral, etc).

O AVC Isquêmico ocorre devido à falta de sangue em alguma região do encéfalo, enquanto o AVC Hemorrágico é causado por um sangramento em algum ponto do encéfalo. Em ambos os tipos, há um desprovimento de sangue nesse sistema de órgãos.

Diferença entre Aneurisma Cerebral e Acidente Vascular Cerebral

O AVC caracteriza-se por uma disfunção da circulação cerebral, que resulta em uma carência de oxigênio nas células cerebrais próximas do local afetado.

O Aneurisma Cerebral define-se por uma dilatação anormal de uma artéria cerebral, que pode se romper. Quando há rompimento, este resulta em um AVC hemorrágico. Nos casos em que o aneurisma não se rompe mas há formação de coágulos, ele pode provocar os sintomas de um AVC isquêmico.

Neurocirurgia no Aneurisma Cerebral

A fase aguda de um aneurisma cerebral também tem uma abordagem Neurocirúrgica. O procedimento consiste em colocar um clipe metálico que impede a passagem do sangue para o interior do aneurisma através da craniotomia (pequena abertura no crânio).

O método de embolização endovascular do aneurisma permite uma abordagem terapêutica mais segura e eficaz, com taxas reduzidas de morbidade e de mortalidade.

Em todo caso, somente um especialista poderá indicar a melhor abordagem terapêutica para cada situação de acordo com as condições do paciente, seja ele vítima de um AVC ou um aneurisma cerebral.

Os anos de Wilson

Os Anos de Wilson

Em 1 de junho de 1968, Charles Wilson tornou-se professor e presidente. Edwin Boldrey foi nomeado vice-presidente. Nos Laboratórios da Naffziger, poucos projetos estavam em andamento antes de janeiro de 1969, com o tempo necessário para preparar o laboratório para o trabalho. A cerimônia de dedicação para os Laboratórios Howard C. Naffziger para Pesquisa Neurocirúrgica ocorreu em 6 de maio de 1970, com comentários de boas-vindas de Wilson como diretor dos laboratórios. O endereço principal foi dado por Eugene Stern. John Oswald, vice-presidente executivo da UCSF, anunciou no decorrer de suas observações que os Regents acabavam de aprovar o restabelecimento da cirurgia neurológica como departamento separado. No curso de sua existência, a cirurgia neurológica havia sido uma divisão de cirurgia de cerca de 1922 a 1946, um departamento de 1947 a 1958, uma divisão a partir de 1959 e um departamento novamente em 1970.

Brain Tumor Research Center

Pesquisas realizadas em 1969 seguiram duas linhas, uma envolvendo biologia e quimioterapia de tumores cerebrais e outra elucidando a fisiopatologia e a neuropatologia de certos distúrbios voltados para a melhoria da técnica neurocirúrgica usada para tratá-los. Exemplos desses últimos esforços são experimentos em cryohypophysectomy graduada para determinar a temperatura que inativa cada tipo de célula pituitária (45) e a produção experimental de mielopatia usando compressão e insuficiência vascular (20). O laboratório de tumores cerebrais foi subespecializado para cultura celular, cinética de proliferação celular, clonagem, análise cromossômica e ultraestrutural, bioquímica de meios de cultura, modelos animais para quimioterapia e quimioterapia in vitro. Treinada em neurocirurgia e patologia, Wilson publicou artigos em quimioterapia por infusão arterial contínua em 1962 (53) e na cultura do tecido tumoral cerebral em 1963 (57). Ele, Edgar Bering e Horace Norrell organizaram a Conferência de Kentucky sobre Quimioterapia com Tumores Cerebrais, realizada em 1965, na qual ele delineou os objetivos da conferência diante de uma audiência de trabalhadores seniores no campo. Sua nomeação no UC Hospital, em 1968, estava a apenas 3 anos de vida.

Já na Decada de Setenta…

Em 1972, o laboratório havia crescido em tamanho e pessoal, e o plano de pesquisa proposto enumera 15 projetos, agora incluindo estudos imunológicos e de DNA. O treinamento de bolsistas de pós-graduação para carreiras na pesquisa de tumores cerebrais também se tornou uma função importante do laboratório, para o qual foi financiado separadamente. Esta combinação de programas ativos de pesquisa e treinamento e o principal cenário acadêmico e clínico da UCSF, culminaram nos Institutos Nacionais de Saúde (NIH) aprovando uma bolsa de pesquisa do Centro de Câncer em 1º de junho de 1972. Em 17 de janeiro de 1973, as cerimônias inaugural foram realizada para o Centro de Pesquisa sobre Tumores Cerebrais (BTRC), no centro dos quais estavam os laboratórios Naffziger.

O BTRC fornece uma abordagem multidisciplinar para pesquisa clínica e investigação laboratorial de tumores cerebrais malignos. O principal braço clínico é o Serviço de Neuro-Oncologia, que agora inscreve cerca de 400 novos pacientes por ano. Os pesquisadores principais ainda com o BTRC em 1995 foram Wilson (diretor), Dennis Deen (diretor associado), William Bodell, Pak Chan, Michael Edwards, Burt Feuerstein, John Fike, Philip Gutin, Mark Israel, David Larson e Michael Prados

Twitter de um Neurocirurgião

Os pesquisadores de oncologia de radiação BTRC e UC foram os primeiros a se opor à irradiação do cérebro inteiro por gliomas malignos (25) e foram os primeiros a propor doses mais baixas de irradiação do eixo craniospinal para meduloblastoma (24). Eles introduziram irradiação hiperfracionada para gliomas de tronco cerebral (17) e introduziram radiocirurgia na Costa Oeste. Eles estiveram entre os primeiros a usar braquiterapia para tumores cerebrais nos EUA e trataram mais pacientes com essa modalidade do que qualquer outro centro. Eles foram os primeiros a usar alta iodo-125 (125I) para braquiterapia (18) e sugeriram como o tratamento ideal para o glioblastoma em pacientes selecionados (46). Eles também foram pioneiros no uso de hipertermia e braquiterapia para glioma maligno recorrente (49) e glioblastoma multiforme primário (50). Na pesquisa de quimioterapia, os pesquisadores da BTRC publicaram os relatórios iniciais mostrando as eficiências da carmustina (BCNU) (8, 55) e procarbazina (23), e mais tarde mostraram que a BCNU de dose única é tão eficaz quanto a terapia multidosagem. Eles publicaram o primeiro relatório do protocolo multidrogas combinando procarbazina, lomustina (CCNU) e vincristina (PCV) (19), e mostrou a superioridade do PCV em terapia de dose única para astrocitoma anaplásico e oligodendroglioma. Eles também publicaram os primeiros relatórios sobre a dependência da dose de esteróides (43) e sobre o uso e eficácia de inibidores da biossíntese de poliamina (27). Eles projetaram e implementaram o primeiro protocolo para superar a resistência da BCNU usando a tioguanina e foram os primeiros centros a utilizar a quimioterapia multiagente com nitrosoureia como tratamento primário para o glioma da infância (41).

Parte 2 – Uma História da Cirurgia Neurológica na Universidade da Califórnia

Parte 2

Leia a Parte 1 aqui

Para aumentar sua equipe, Naffziger entrou nas fileiras dos residentes cirúrgicos, como Cushing tinha feito em 1909 para obter George Heuer, e ele selecionou Ottiwell Jones, Jr., para ser seu residente em tempo integral de 1926 a 1928. Jones, então, gastou um ano no laboratório de neuropatologia do Royal Victoria Hospital, sob Wilder Penfield e William Cone, contemporaneamente com Dorothy Russell. Eles estudaram tumores cerebrais e, em particular, trabalharam na origem da oligodendroglia e da microglia utilizando os métodos de coloração metálica. Howard Brown seguiu Jones como residente de 1928 a 1930. Em 1930, a equipe de neurocirurgia consistia em Professor Naffziger, Fleming, Jones e Brown. Apesar de suas novas responsabilidades como presidente do departamento de cirurgia em 1929, Naffziger manteve uma presença dominante na sala de cirurgia de neurocirurgia.

A História da Neurocirurgia na Europa

As publicações da divisão da cirurgia neurológica durante essa década são escritas com clareza e concisão, e se encaixam em um molde de instrução clínica e técnica cirúrgica com contribuição relativamente pequena do trabalho de laboratório. Um artigo sobre o reparo do nervo periférico é um primário na sutura de ponta a ponta, preenchido com detalhes técnicos agora aceitos (29). A clínica de 1922 em meningiomas da medula espinhal coloca um no anfiteatro com seis pacientes curados e leva a lição de que o meningioma não deve ser negligenciado com pressa para diagnosticar a sífilis (30). A clínica sobre lesão de cabeça aguda estava à frente de seu tempo, com a insistência em entender tanto a fisiopatologia quanto a neurologia da lesão (31). História da Cirurgia Neurológica. Ele ressalta que o reflexo de Traube-Herring, com seu correlato clínico de agitação flutuante e reflexo Cushing são sinais prognósticos graves que exigem uma exploração imediata.

Observando que cerca de 20% dos tumores cerebrais não podem ser localizados apesar de todas as habilidades clínicas trazidas, um artigo sobre o deslocamento da glândula pineal lembrou a observação de 1912 de seu deslocamento de Schueller e descreveu seu valor diagnóstico em vários casos (32). Naffziger então apontou que mesmo uma glândula pineal da linha média pode ser útil, como em um paciente com papiledema, focalizando corretamente a atenção no cerebelo.

A arte da cirurgia de Naffziger está em lugar algum melhor do que no papel maravilhosamente ilustrado sobre exposições cerebelares (33). Uma aba occipital serve como uma abordagem supratentorial para o ângulo cerebelopontino através de uma incisão tentorial que se estende para o osso petroso anteriormente, para o reto sinusal medialmente e para o seio lateral. Sua experiência com essa abordagem voltou para 1923, quando ele biopoliou um glioma exofítico. A abordagem transtentorial subtemporal ainda é utilizada por alguns neurocirurgiões para a remoção de grandes meningiomas do ângulo cerebelopontino. Também é ilustrada a incisão da linha média inteiramente reta sem compensações laterais na linha nucal e a incisão do hóquei para exposição cerebelar unilateral. O tom deste papel magnífico está definido no início pelo subtilismo desagradável de Naffziger, “o fascínio da cirurgia no cérebro reside em suas dificuldades”. História da Cirurgia Neurológica

De Divisão para Departamento

Em 1927, Naffziger foi convidado pelo presidente da UC a pesquisar os principais centros médicos do leste dos EUA com vista a melhorar os métodos de ensino cirúrgico (11). História da Cirurgia Neurológica. Seu relatório detalhado o comprometeu com a liderança em educação médica e levou a sua nomeação como professor e presidente do departamento de cirurgia em 1929. Com essa nomeação veio a responsabilidade de treinar residentes cirúrgicos e, como ele acreditava que deveria gastar tempo com as especialidades (40), pode-se especular que esta foi a razão pela qual ele treinou relativamente poucos neurocirurgiões enquanto ele era presidente do Departamento de Cirurgia. Isto é especialmente notável na medida em que o Conselho da Associação Médica Americana (AMA) sobre Educação Médica e Hospitais deu aprovação ao UCSF para um programa de treinamento de 3 anos em cirurgia neurológica em 1934 (12, 13). Naffziger, no entanto, prosseguiu seu compromisso com o departamento ao ter trabalhadores cirúrgicos, ao invés de neurocirúrgicos, e trabalhar com a equipe de atendimento de neurocirurgia.