Uso de Anticoagulantes na Prevenção do AVC – Anticoagulantes AVC

Uso de Anticoagulantes na Prevenção do AVC - Anticoagulantes AVC

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), a segunda principal causa de morte globalmente, projeta uma sombra de temor e urgência sobre milhões de vidas. A cada minuto que o fluxo sanguíneo para o cérebro é interrompido por um coágulo, células preciosas morrem, e o futuro do indivíduo é irrevogavelmente alterado. Por muito tempo, a prevenção dessa catástrofe dependeu de terapias complexas e de monitoramento constante. Contudo, a medicina moderna reescreveu esse cenário! O que antes era uma rotina de incertezas e restrições alimentares severas, agora se transforma em uma promessa de segurança e liberdade, graças à evolução espetacular da anticoagulação. Este artigo mergulha nas profundezas dessa revolução, revelando como a ciência está blindando o cérebro contra o risco trombótico e garantindo que o amanhã seja vivido com mais tranquilidade.

Papel dos Anticoagulantes na Prevenção do AVC

Por muitos anos, eles foram usados rotineiramente no AVC Isquêmico Agudo. No entanto, atualmente estão ajudando no Tratamento Agudo e na Prevenção de AVC. Além disso, vários Novos Anticoagulantes Orais estão sendo testados para o Tratamento na Profilaxia do AVC Tromboembólico Isquêmico.

Papel dos Anticoagulantes na Prevenção do AVC

Anticoagulação é a inibição terapêutica controlada da coagulação sanguínea por meio de drogas apropriadas para isto, as chamadas anticoagulantes. Os anticoagulantes são uma classe de medicamentos comumente usados ​​para impedir que o sangue forme coágulos perigosos que podem resultar em AVC.

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Os anticoagulantes costumam ser o primeiro medicamento prescrito pelos médicos após um AVC, especialmente para prevenir a repetição do evento. Ao reduzir a capacidade do sangue de coagular – e, assim, reduzir a probabilidade de embolia coronária ou vascular – os anticoagulantes são frequentemente usados ​​em pacientes que já apresentam alto risco de AVC.

Por muitos anos, a anticoagulação foi usada rotineiramente e exclusivamente para tratar o AVC isquêmico agudo. Atualmente, novas possibilidades estão sendo consideradas.

Risco Crescente de AVC: A Ameaça Silenciosa da Fibrilação Atrial

A Fibrilação Atrial (FA ou Afib) é o principal fator que contribui para o AVC isquêmico, o tipo mais comum de AVC, que ocorre quando uma artéria do cérebro é bloqueada. É aqui que a anticoagulação se torna uma necessidade vital.

Em FA, os sinais elétricos que regulam os batimentos cardíacos tornam-se irregulares. Em vez de bater regularmente, as câmaras superiores do coração tremem (fibrilam) e o sangue não flui bem, especialmente nas aurículas. Esse movimento ineficaz permite que o sangue estagne. Coágulos sanguíneos podem se formar nessas áreas de estagnação, migrar para o cérebro e causar derrames. De fato, a FA pode aumentar o risco de derrame cinco vezes.

A FA é bastante comum entre adultos mais velhos. Afeta cerca de 9% das pessoas com 65 anos ou mais, de acordo com os Centros de Controle e Prevenção de Doenças. Um histórico familiar da doença também aumenta o risco de uma pessoa.

A varfarina (Coumadin, Jantoven) faz parte de uma classe de medicamentos chamados anticoagulantes. Esses medicamentos costumam ser chamados de anticoagulantes, mas não “diluem” seu sangue; em vez disso, reduzem a chance de coagulação do sangue ou impedem o crescimento de coágulos existentes. Em particular, a varfarina diminui a produção de vitamina K, o que ajuda a coagular o sangue.

Anticoagulantes na Prevenção do AVC – Os Tipos Mais Usados

    1. Inibidores Diretos do Fator Xa: Apixabana, Rivaroxabana e Edoxabana. Eles bloqueiam o Fator Xa, uma peça central na produção de trombina, o motor final da coagulação.

    2. Inibidores Diretos da Trombina: Dabigatrana. Ele bloqueia a própria trombina, impedindo a formação da rede de fibrina que estabiliza o coágulo.

      Historicamente, o tratamento se concentrava em medicamentos que exigiam um gerenciamento complexo. A nova geração, no entanto, simplificou drasticamente a vida dos pacientes, oferecendo eficácia comparável com uma segurança ainda maior em determinados cenários.

      Heparina

      A Heparina pode ser administrada por via intravenosa ou subcutânea, mas não por via oral.

      Às vezes, a heparina é usada para reduzir danos ou riscos de AVC em pacientes hospitalizados, a fim de reduzir o risco de formação de coágulos sanguíneos nas veias das pernas (profilaxia de trombose venosa profunda) ou em situações agudas antes de iniciar a medicação oral. Ela é conhecida por ter um início de ação rápido, sendo crucial em emergências.

      Varfarina (Antagonista da Vitamina K)

      A varfarina é um medicamento anticoagulante, tomado por via oral. O uso diário de varfarina pode reduzir o risco de AVC isquêmico em certos pacientes.

      O uso de varfarina requer monitoramento cuidadoso, como consultas frequentes que incluem exames de sangue regulares. A Varfarina e o Desafio da Gestão: A Dança Complexa do INR.

      Para quem toma varfarina, a palavra INR (International Normalized Ratio) se torna parte do vocabulário. O INR é um teste laboratorial que mede o tempo que o sangue leva para coagular. O objetivo é manter o INR dentro de uma faixa terapêutica estreita (geralmente entre 2.0 e 3.0 para a maioria dos casos de FA). Se o INR estiver muito baixo, há risco de coágulo; se estiver muito alto, o risco de sangramento grave aumenta exponencialmente. Essa necessidade de vigilância constante, juntamente com as interações com alimentos ricos em Vitamina K, tornaram a varfarina um desafio na adesão e na qualidade de vida.

      A Revolução dos Anticoagulantes Orais Diretos (DOACs/NOACs) – A Geração que Mudou o Jogo

      A principal mudança de paradigma na última década foi a introdução dos Anticoagulantes Orais Diretos (DOACs), também chamados de Novos Anticoagulantes Orais (NOACs). Estes medicamentos representam um avanço monumental na simplificação do tratamento e na melhoria da segurança para milhões de pacientes com FA.

      Os DOACs agem de forma mais seletiva e previsível do que a varfarina, visando diretamente um fator específico na cascata de coagulação, o complexo processo que leva à formação do coágulo.

      Os principais DOACs incluem:

    Por Que os DOACs São Considerados uma Opção Superior?

    • Sem Necessidade de Monitoramento do INR: Este é, talvez, o maior benefício. O efeito dos DOACs é previsível, eliminando a necessidade de exames de sangue semanais ou mensais para ajustar a dose.

    • Menor Interação Alimentar: O paciente não precisa se preocupar com a ingestão de vegetais de folhas verdes (ricos em Vitamina K), o que permite uma dieta mais normal e saudável.

    • Risco de Sangramento Intracraniano Reduzido: Estudos clínicos robustos demonstraram que os DOACs, em geral, estão associados a uma taxa significativamente menor de sangramentos cerebrais graves (hemorragias intracranianas) em comparação com a varfarina.

O Uso de Anticoagulantes na Prevenção do AVC

    • Pacientes com dissecção arterial.

    • Pacientes com trombose venosa cerebral.

    • Pacientes com uma fonte cardíaca muito alta de êmbolo (como em um grande trombo ventricular).

      Anticoagulação para AVC Isquêmico Agudo

      Os tratamentos utilizados atualmente não possuem o uso regular de anticoagulação para acidente vascular cerebral isquêmico agudo em seus procedimentos. No entanto, a terapia medicamentosa à base de anticoagulantes continua sendo recomendada para algumas situações clínicas específicas, como:

    Prevenção de Acidente Vascular Cerebral na Fibrilação Atrial

    Os anticoagulantes orais fazem parte da terapia medicamentosa utilizada para a prevenção primária (antes do primeiro AVC) e secundária (após um AVC) do AVC em pacientes com fibrilação atrial e qualquer um dos fatores de risco adicionais conhecidos. Compreenda a Relação entre Fibrilação Atrial e AVC.

    Pacientes assintomáticos (sem sintomas) com menos de 65 anos de idade com fibrilação atrial e nenhum dos outros fatores de risco apresentam baixo risco e devem ser tratados com aspirina ou não devem receber tratamento preventivo. Contudo, a maioria dos pacientes com FA possui fatores de risco (como hipertensão, diabetes, insuficiência cardíaca) que exigem intervenção com anticoagulantes orais.

Cuidados a Serem Tomados Quando Fazer Uso de Anticoagulantes

O processo de tomar medicamentos anticoagulantes orais requer um acompanhamento rigoroso de tudo que você come, especialmente tomar cuidados com alimentos ricos em vitamina K como os vegetais de folhas verdes, até o que e quanto você se exercita.

Além disso, os medicamentos anticoagulantes são diluentes sanguíneos consideravelmente fortes, resultando em risco de sangramento mais sérios com qualquer corte, até os mais básicos, sejam eles cortes, arranhões e quedas comuns.

Por isso, tenha cuidado ao caminhar e com atividades que colocam você em risco de cair ou se machucar. Tenha cuidado ao fazer a barba, porque um corte comum pode levar mais tempo para parar o sangramento. Observe sangue na urina, nas fezes ou nas gengivas ao comer e escovar os dentes; sangramento do nariz; ou machucando facilmente. Caso note sangramento anormal ou excessivo, informe seu médico e converse com ele antes de trocar ou tomar novos medicamentos.

Fatores de Risco Para Sangramento

Os fatores de risco para sangramento em pacientes anticoagulados incluem:

  • Doença Hepática ou
    • Doença Renal;
  • Abuso de Álcool;
  • Estar com mais de 75 anos;
  • Novos Sangramentos;
  • Contagens de Plaquetas Reduzidas ou
    • Disfunção;
  • Hipertensão não controlada;
  • Anemia;
  • Fatores Genéticos;
  • Entre diversos outros possíveis.

Lembre-se sempre de consultar-se com seu médico de confiança caso desconfie de uma necessidade de iniciar uma terapia preventiva contra o desenvolvimentos de AVC, além disso, em vista de qualquer sintoma, fale com seu médico.

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