CoronaVírus (Covid19), Neurociência e Sistema Imune

CoronaVírus (Covid19), Neurociência e Sistema Imune

Por Neurocirurgião Cirurgias da Coluna   •   25 de abril de 2024


Corona Vírus (Covid19), Neurociência e Sistema Imune: Como já vem sendo amplamente divulgado, um novo Virus Chinês – Coronavírus (COVID-19), infectou centenas de pessoas desde o início do surto em Wuhan, em dezembro do ano passado. Os sintomas se assemelham aos de uma gripe e incluem, sobretudo: febre, dificuldades respiratórias, tosse e, já representam uma pandemia!

Corona Vírus (Covid19), Neurociência e Sistema Imune

  • Aulas canceladas,
  • Estocagem de álcool gel, de
  • Papel higiênico (é isso mesmo que você leu),
  • isolamento social
  • Quarentena!

Diante desse cenário de enfermidade epidêmica, o estado de pânico já se faz no mundo inteiro. Mas, mantenhamos a calma! Nada de pânico, nada de medo em demasia! Sabe por quê?

Quando estamos com medo o nosso corpo entra em estado de alerta, o conhecido estado de “fuga ou luta”. No nosso cérebro são desencadeadas várias cascatas, que à luz da neurociência, sobretudo no campo da PsyNeuroImmune ─ a ciência que estuda as interações entre o comportamento, as funções neurais e endócrinas e os processos imunes─ já se sabe que existem relações diretas entre o sistema nervoso central e o sistema imune.

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Relações diretas entre o sistema nervoso central e o sistema imune

Isso é justificado através da relação dos tipos de estímulos/ estados emocionais aos quais o indivíduo é exposto, como: estresse constante, medo, ansiedade e depressão e a modulação que é gerada no organismo a partir desses estímulos.

O grande destaque tem sido atribuído para a participação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal, do sistema nervoso autônomo simpático e das citocinas nas sinalizações entre o sistema nervoso central (SNC) e o sistema imune. O sistema endócrino – e, em especial, o eixo hipotálamo-pituitária adrenal (HPA) – (desempenha funções relacionadas à fome, sede, libido,sono) é um dos responsáveis pela relação entre esses dois sistemas. Essa resposta é mediada também por endorfinas, prostaglandina, hormônio do crescimento e, principalmente, no sistema nervoso autônomo simpático (SNAS). É O SNAS quem apronta o organismo para reagir ao medo, estresse/ excitação, preparando o indivíduo e toda a sua “maquinaria interna” para um estado de prontidão.

Em estados de fuga ou luta o corpo funciona de uma forma mais seletiva, justamente para reforçar a batalha ou a “saída pela tangente”. Por essa seletividade, o corpo tem alguns processos comprometidos, diante da cascata que o medo gera. Pois, a energia é direcionado para lugares específicos, como para músculos (para correr ou batalhar).

E o que isso tem a ver com o Covid-19?

Medo, estresse, pânico, levam à diminuição da resposta imune celular e um aumento na resposta humoral, o que favorece a susceptibilidade às infecções!!!

Observar e absorver demasiadamente tudo o que está acontecendo no mundo têm efeitos diretos no nosso organismo, principalmente, no sistema imune. Tentar se afetar menos (com responsabilidade) é melhor!
É preciso manter a calma diante da pandemia e não “desperdiçar” a bendita imunidade a toa! Cuidemos da nossa saúde mental, sejamos empáticos com o outro (mesmo de longe).

Medidas externas são aplicadas diante do surto, mas medidas internas também desempenham grande efeito diante do caos.

Atenção Plena! Isso diz respeito à forma como recepcionamos as informações divulgadas em massa e percebemos os conflitos que estão no ambiente.

Agora vamos lá:

Inspire 4 segundos, expire 6 segundos…
Troque o pisar no acelerador pelo pé no freio das emoções (ruins).

Reduza o seu medo e controle os seus pensamentos! É Preciso conduzir os padrões neurais à respostas mais funcionais.

REFERÊNCIAS Utilizadas da Internet

CATTANEO, A.; RIVA, M. A. Stress-induced mechanisms in mental illness: a role for glucocorticoid signalling. The Journal of steroid biochemistry and molecular biology, v. 160, p. 169-174, 2016.

Kandel, E., Schwartz, J., & Jessel, T. Principles of Neural Science, ed. 4. 2014.